O que podemos ver aí em cima é uma vela, talvez seria de muita pretensão ou presunção colocar uma vela no início do blog, além do título ser uma metáfora ao Sol, “vela do mundo”, em saxão. Eu não sei lhufas de saxão, nem tenho nenhum estudo nos estudos do Sol, mas já li uma tradução do Beowulf bilíngüe (de onde tirei o título do blog) e gosto muito de velas e de céu. E gosto do nome, cem mil vezes melhor que o antigo nome tirado de uma peça do Schönberg, peça belíssima, por sinal.
O que podemos ver aí em cima ainda é uma vela, talvez seria de muita pretensão ou presunção colocar uma vela no início do blog, fico com a segunda, não é bom ser presunçoso, mas é bom ser pretensioso, eu sou pretensioso e ambicioso por muitas coisas. Sou, inclusive, ambicioso por velas e céus e pássaros. Ambiciono a melodia da vela ao numinoso lume de um céu na hybris esquerda de um pássaro. E ambiciono voz. Talvez seja por isso o subtítulo, imensamente devedor de Jorge de Lima, cuja foto está pregada na parede de meu quarto, e de cuja linguagem faço mímese (imitador confesso) em diversas situações disso que é vento ou espírito.
O que vemos aí em cima é uma justificativa de uma vela, e uma vela não merece justificativas, uma vela é uma vela, seja num quarto, na sala ou nos confins do tempo.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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