quinta-feira, 12 de junho de 2008

A irresponsabilidade das áspas...

Certo, descartemos todos os grifos e anotações aleatórias fingindo parte de alguma coisa, não fiz o trabalho para amanhã, trabalho inclusive com data de entrega para quarta-feira passada, mas prorrogado para amanhã... por que? Porque eu sou um irresponsável, que não está nem aí pra nada, aquele sem vocações para as coisas, que sequer se dá ao trabalho de fazer um trabalho para o curso de letras, trabalho este valendo dois pontos. Imaturo demais para uma vida acadêmica.

E eu estou com raiva, com raiva por não conseguir escrever o soneto pairando na noosfera de meu encéfalo por conta de uma falta de tempo (porque a técnica, a estrutura e o conteúdo estão aqui, mas o tempo para arrumar tudo...), raiva por, além disso, não conseguir estudar música o suficiente e minha mão esquerda estar problemática, estou com muita raiva de ter de me prostrar diante a mediocridade como um rendido, sem ter nem coragem de reclamar por repreensão da consciência, o grilo maldito da rendição conselheira, estou com raiva pela insensibilidade, pela simplicidade infantil dos sentimentos das pessoas, pelas minhas mãos atadas, por eu estar sempre errado e não conseguir tempo livre para fazer o trabalho e o pior, ter que disfarçar todo meu sentimento de angústia nessa desculpa e ainda aturar a existência de pessoas lendo isso crentes de que estou angustiado por conta de um mísero trabalho de faculdade. Não farei o trabalho de amanhã para a faculdade, mas o soneto sim. Pontos eu recupero depois...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Palestra interessante de hoje.

Prf. Felipe Valoz veio dar uma palestra para o pessoal da Emac, uma palestra bastante interessante e bastante incômoda à nossas certezas, mas quase ninguém estava lá, um amigo meu foi lá, mas achou mais importante tentar ficar com uma menina, outros não vieram por motivos diversos, outros, sabendo da palestra, acharam que podiam faltar... no fim, poucos.

Mas foi um dos momentos mais importantes para a minha formação, não obstante aquilo só confirmar minhas certezas quanto a música de massa, aumentar minhas dúvidas quanto o caminho da arte dentro da academia e dar aquela sensação de formiga perante a estética.

Coisas que eu peguei na palestra e quero refletir:

A linguagem é objetiva e, pensando a arte como sendo também um veículo de comunicação, algo deve ser comunicado por meio dessa linguagem, algo, portanto, pode ser analisado, no entanto, o fim daquilo é subjetivo.
O acorde místico é subjetivo para Scriabin, é problema dele o fato de ter conseguido aquele acorde por meio de cálculos transcendentes e chegado a um som místico, um acorde belíssimo, certo e de fato é algo incômodo e, pelo menos para mim, tal fato é significativo, mas o que nos importa realmente é ele ter feito algo com aquilo, trabalhado aquilo, é lá que a coisa vai se dar e lá que haverá comunicação, sobretudo com a mônada de cada um. Isso que realmente nos incomoda... eu posso passar algo de minha crença e irei sob forma de linguagem incomodar o sonho e o mistério das pessoas.
Aí está a arte.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Leite com chocolate

Certas profissões que tu escolhes mudam tua maneira de ver as coisas.

Não todas.