sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Divagação do vôo

Ao Pássaro de Argila

De nada sabe um pássaro do mundo,
No vôo etéreo feito com estrelas
Das coisas nada sabe, pois a vê-las
Dissolve em vento como o tão profundo

Silêncio em voz dissolve pelo imundo
Vidro, a mortalha calma das janelas,
De nada um pássaro a passar por elas
Sabe com suas asas. Pelo fundo

Do céu meus olhos vão, mas se eu soubesse
Ser pássaro também e descobrisse
Deixar a metafísica e segui-la

Voando como voa a minha prece,
Talvez sonhasse como o céu de Alice
No definível ápeiron da argila...

João Antônio Marra Signoreli

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

“Só, incessante, um som de flauta chora...” Camilo Pessanha

Fico pensando neste verso do poema Ao Longe os Barcos de Flores deste poeta, guardo por ele um carinho e ele, talvez, por mim guarda um caminho oculto naquele adjetivo que não concorda com ninguém, um caminho de flores...

Seja de flor o caminho e seja o carinho uma flor, as coisas parecem perder a importância quando, entristecidos, saltamos às pétalas do significado esparso pelo tempo e achamos ser mais que uma metáfora na grande alegoria da existência...

Às vezes não concordamos com ninguém...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Crescer, quando falei esta palavra o meu leitor agora deve estar pensando em uma divagação sobre a maturidade com direito a citações da "madureza" de Drummond daquele soneto Ingaia ciência, ou pensando ver uma reflexão profunda sobre a fugacidade da vida e sobre a perda sutil da inocência no decorrer da existência, mas não é nada disso por enquanto... (Eu disse por enquanto), estou me referindo a crescer no violão, sabe, sempre fui aquele menino que ninguém dá muita moral. Nunca fui bom de bola, então não me chamavam para uma pelada e nem uma pelada nunca me chamou... a atenção, pois não gostava nem gosto muito de esportes além de xadrez, o que não quer dizer que eu não goste de correr ou andar, não sou nenhum preguiçoso... enfim, voltando ao assunto, eu sempre fui aquele menino da mansarda, ainda que não more nela; o que não nasceu para isso; só o que tinha qualidades*, e isto sempre me deixou, mesmo no primeiro momento triste, num momento posterior acostumado...

Agora vem uma fé de meu professor, uma fé de amigos e uma fé minha, eu vou passar no vestibular para música, ainda não sendo grande coisa para alguns, para mim é, pois faz parte da minha vida, por isso preciso crescer no violão...

*Referência ao poema Tabacaria de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) que inclusive é muito bom, recomendo a leitura agora, se for possível! Cadê o site? Gente, onde eu coloquei aquele site?! Ah, aqui: O link!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Apesar de não me sentir muito lúcido para escrever este texto, e para a composição de um texto é necessário o mínimo de lucidez do autor (se bem que o mínimo de lucidez eu tenho agora) eu vou escrever o que preciso escrever hoje.

Hoje eu saí com o Flávio e com mais uns amigos, voltando agora (o horário do blog não é muito exato, deve ser mais de 11 da noite), vou sentir falta dele, pois ele vai morar em São Carlos, que é longe pra caramba! E quem sabe quando vamos nos encontrar de novo, nas férias talvez...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Bom, posso escrever agora algo um pouco mais extenso, o que provavelmente fará meu leitor não querer ler o escrito aqui, e vou seguir talvez o padrão diário inerente aos blogs tradicionais desde o "Livro do Desassossego" de Bernardo Soares (Fernando Pessoa), o primeiro blog da história... (sim, era para ser engraçado).

A minha preocupação nos dias que se passam é algo já comentado pelo meu professor de violão, uma tal de tendência à auto-sabotagem: você passou seus primeiros meses de vida em um lugar agradável, do nada acontece um trauma, tiram você de lá, uma luz forte bate em seus olhos, sentidos estranhos começam a vir e ainda por cima violam a santidade de suas nádegas com o único intuito de lhe fazerem chorar. Agora e para sempre o ex-bebê é um cidadão traumatizado, quando as coisas começam a dar certo e você começa a se sentir como se estivesse seguro e aconchegado no ventre materno a vontade de acabar com tudo vem, pois há um medo de outra vez dar tudo errado e a luz da vida arder outra vez nos seus olhos...

Comigo, além do fato ditado no parágrafo acima (sim, não obstante o fato de não conter o chamado claro de entrada, isto aqui ainda é um parágrafo), eu passei um tempo me sentindo em um filme de comédia no qual a graça estava em ver a desgraça do cidadão, as coisas aconteciam de maneira inusitada e as surpresas não eram boas, estava já meio conformado em ver as coisas darem errado, começando a me sentir mal quando simplesmente as coisas viram, tudo começa a dar certo, eu passo no vestibular, começo a crescer de verdade no violão, começo a ter idéias na poesia de maneira mais freqüente e a inspiração tem se mostrado cada vez mais como parte de mim, isso além de outros assuntos mais pessoais, e eu começo a me sentir mais seguro, começo a ter mais fé e até a me achar mais bonito...

Ainda não me acostumei com isso tudo, estranho, mas estou adorando, é claro, os projetos e as coisas irem bem, mas não quero que nada disso acabe, e me vem a preocupação do primeiro parágrafo. O que posso fazer? Deixar os ponteiros regerem no seu andamento as cores do céu e seguir em frente...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O horário de verão...

Uma hora que volta do infindo vindo nos dar a boa noite...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A primeira coisa...

Seguinte, diga nos comentários a primeira coisa que vier à sua cabeça, qualquer coisa por mais absurda que seja, como "peixes de picles fritos"...
Vamos lá, pode começar...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Céus!

Alguém viu onde aquela estrela caiu?