quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A Coruja

a Bruno G. Duarte
Das vistas de Schönberg a luz, madrugada
Sombria era aquela, a manhã tão tardia,
Por sobre a janela raiar algum dia
Nos era impossível após a calada

Coruja em seu grito deitar, quando vi-a
Num manto infinito soltar magoada
Seu canto atonal que sumia no nada
Deixando algum mal nesta estrada vazia

De nosso relógio senti: a manhã
Findava nas penas que tinhamos todos
Escravos do tempo, esta incógnita vã...

Seu canto era o fim e as pessoas ranzinzas
Após este fim prosseguiam nos lodos
Cavando a existência até entrar pelas cinzas.

João Antônio Marra Signoreli

8 comentários:

Fábio Melo disse...

Me sinto tão ignorante por não conhecer escritores bacanas...

Doug disse...

poxa kra
legal
parabens pelo blog
leve, as poesias pequenas enfim...
parabens

Fábio Melo disse...

Sim, sim! Foi um elogio! Desculpa a indelicadeza de não ter prestado atenção no nome do dono do blog =]

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Jan Träumer (Einmal ist Keinmal - política, literatura, poesia, direitos humanos, reflexões, 1968) disse...

Lindo blog. Gostei das poesias. Não é comum um cara de 18 anos de gotarcde poesias, ainda mais com essa profundidade... ótimo, mesmo!

Bruno Gama Duarte disse...

( ! )

BLOGDOED disse...

Um soneto à coruja velha!

Que a morte sucumba à sua sabedoria!

Bela poesia mano!

CUIDADO disse...

bem que me disseram que tem blogs assim como o seu que tem textos bacanas :) e sobre a febre amarela...dshdsadhiuduias
bjsssssssssss

CUIDADO disse...

"Cavando a existência até entrar pelas cinzas."

eu gritando tendo ataque de deprê-fim-namoro!

{que nada ;)}
beijos